Liberdade Final
Não aprendemos nada.
"Não somos livres, isso é uma utopia" - dirão alguns.
Mas o mero fato de poder pensar isto,
É um sinal de liberdade.
Expressar-se é ter asas,
É desbravar túneis de imaginação.
Não há quem cale as palavras livres,
Quando se goza de tal riqueza.
Mas será que continuaremos assim?
Será que o próximo dia nos reservará luz
Ou uma nova idade das trevas, onde medo e censura espreitam?
E, ainda que seja um brilho a aguardar,
Como saber se não será um halo infernal?
Ficamos cegos e entorpecidos pela decepção.
Pela raiva, pelo despeito.
Fizemos ao país algo duvidoso
E podemos pagar um alto preço.
Não, não defendo furtos e roubos;
Tampouco corrupção.
Mas não queria estar em um avião pilotado por loucos
Os quais minam a liberdade e os direitos,
Ao passo que impõem deveres brutais.
Onde tudo deu errado?
O que houve para acontecer desta forma...?
Não prevejo o futuro.
Também não vi lógica na revolta que nos levou ao hoje.
Porém, a final liberdade não é agora.
Há quem batalhe, ainda que pereça
E a esperança de que não chegue a isto é forte...
Forte ao ponto de se tal evento ocorrer, muitos nem temerão mais a morte!
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença