Sou bêbado, palhaço e poeta!
Mas enquanto eu fizer canção,
Tocar violão,
Atravessar a dor
Com as mãos no verso
E os passos no meu dia;
Não choro mais nenhuma lágrima.
Sou bêbado, palhaço e poeta!
Mas enquanto eu fizer rima,
Levar a vida,
Com os olhos na poesia
E a voz no meu acorde;
Não choro mais nenhuma lágrima.
Sou bêbado, palhaço e poeta!
Mas enquanto eu beber cachaça,
Fazer graça,
Com risos no meu canto
E nos braços a minha paz;
Não choro mais nenhuma lágrima.
E sou um bêbado, um palhaço, mas também sou poeta!
Laércio Lamana
© Todos os direitos reservados
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