Ao final da conversa, ante aquela fogueira

A qual se apagava, lembrei de tanta imensidão...

Deu-me um esquisito aperto, uma ânsia em meu coração,

Ao ver cinzas e brasas da chama na clareira...

 

Lembrei-me de mulheres do passado.

Parece-me que a cada experiência, fica uma cicatriz.

O presente e futuro podem precipitar-se por um triz

Quando parece teimar um sentimento inacabado.

 

São momentos ímpares que surgem por um segundo.

Quem poderá dizer que não há brasa em si e no mundo?

Que paixão move-me e como a esbanjo?...

 

O que não existe no hoje e que existiu outrora?

É isto que é ser humano: viver mágoas da velha aurora?

Que feitiço é este, misto de demônio com um arcanjo?...