a minha alma é um vazio sem fundo
que a treva cerca morosamente a cada segundo...
A vida se desvanece...
como o tempo que se esquece
de passar. E em silêncio o coração vai
morrendo um pouco mais ainda, a cada dia,
um pouco mais afinal se delindo na noite para sempre fria.
Nem o sol, nem o céu azul, nem a luz me pode perfazer
Nem a noite, nem as estrelas, nem a escuridão para me enternecer
Nem a beleza das coisas mais delicadas como um sorriso…
Nem a força com que o sangue corre e vibra gritando
por força, por mim, denunciando.
onde eu estou?! me perdi irremediavelmente.
quem sou? de ser me omiti.
e viver é dor inevitavelmente.

celia bastos
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