Meus versos de amor

Eu escrevi com sangue

E enterrei-os ao sol se pôr

Na terra preta do mangue.

 

Meus versos de alegria

Nada tinham de nobre,

Transformei-os em poesia

De rima pobre.

Meus versos da tristeza

Advinda do coração

Ah, esses tinham beleza!

Transformei-os em solidão,

Solidão tamanha

Que sempre me acompanha.

 

Nair Damasceno
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