Contas contadas a fio
nas ondas da fé fervorosa
que não devolve resposta
ouvem-se um plangor sutil
murmúrios da boca chorosa
chamando por quem se gosta
Orar é viver sozinho
é ser do jardim a flor
que vive dizendo amém
às vontades do passarinho
que muito promete amor
diz que vai vir, mas não vem
Contas choradas a fio
façam não mais os meus olhos
doentes de olhar pro vazio
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