Quem sou? Filho de um homem ou de um anjo?
Minhas origens são terrenas ou celestiais?
Qual minha função neste vasto mundo sem conceitos originais
E que não sei quem sou ou como meu eu esbanjo?
Observo com curiosidade e certo pesar o rubro horizonte...
Ouço com atenção a melodia lúgubre do violino...
Tenho parte mortal, e em outra, sou divino...
Quem me há-de mediar, fazer entre mim e os outros, uma ponte?
Sou assim tão diferente do homem para me renegarem humanidade?
Não somos todos apanhados de dúvidas e míseras certezas?
Sou um monstro? O homem o é? Devo permanecer nas sombras?
Olho-me com cisma: Terei em mim mais ou menos monstruosidade
Do que meus irmãos, sobre os quais, não decifro as naturezas?
(Sou o que sou e somos todos nós meras solombras...).
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