CRONOLOGIA DE UM SENTIDO


Os dias passam devagar, enquanto horas tendem a descarrilhar de pressa, 


Enquanto as pessoas ficam paradas visando seus pensamentos, 


Enquanto os grilos cricrilam no seu próprio tempo, 


E as nuvem permanecem voando sobre a Terra densa. 


 


As noites passam rápido, enquanto os minutos mancam para passar, 


Estão todos os animais pedindo um pouco de vento, 


As pessoas água a todo momento, 


E o fogo de qualquer maneira continua seu caminhar. 


 


Cobre-se a pauladas, uma pobre podre semente, 


Recebendo também cravejadas de aço enferrujado, 


Depois ficando sob blocos de solo enrugado, 


E percebe que não mais iria pra frente. 


 


Voltam-se para as tardes que tendem a seguir um rumo como rio, 


Um fluxo cíclico travado, em moldes de um emaranhado  


E confuso tecido ali ao relento encharcado, 


Pedindo apenas alguns poucos segundos longe do frio. 


 


Repete-se um dia devagar, com segundos dispersos, 


E todos os minutos de um deles ter um sorriso guardado, 


E começar de novo, um canto reservado, 


Para poder ver crescer uma semente podre em versos.