Livre

Libertar-me-ei quando houver um sentido,
E quando não tiver mais a vontade de controlar.
Assim, serei livre dos meus impulsos indagáveis,
E constituirei, do afeto dissociado, o verdadeiro amar.
 
No entanto, sou a presa da minha própria caçada,
Equilibrando-me por uma linha tênue,
Resistindo-me do meu próprio entendimento,
Com réplicas e tréplicas de qualquer argumento.

Se serei livre para sorrir foi porque aprendi a chorar,
E, nestas asas que decolarei existirá um caminho,
Onde não penso no infinito, por querer caminhar.
 
Serei quem eu quiser, negando sem condenar,
Que fui quem sempre quis ser, sem sequer imaginar,
Que terei motivos para o meu inesgotável querer.