Meus Pônticos Pensamentos

Ao derredor de meus seres, mares, ares
Habitam-se enormes contemplações, agudas 
Acerca do equilíbrio estabelecido, cosmos
Magistral e harmônico sonido, divino
Desde há muito, estabelecido, do nada vindo...



Como pode Ele arquitetar tais feitos
Conter em ínfimo espaço, magnitudes, filos
Apenas em celebral artéria, sutil percepção divina
A sensação do amplo contemplado, alado
Invisíveis amplitudes, insondadas difrações...



Este intróito grumete, indefeso templário,
Se jaz incólume a tantas grandiosidades
Desperto minhas manhãs, saio à porta de rotinas
Na pele, despertos raios de uma úmida manhã, gotas de orvalho
Avivados olhares do entorno, maravilhas celestes, passarinhos…



Globos celestes a olhar o infinito renascendo, novamente
Convite, dádivas às contemplações, planas, rasas
Sentidos à flor do momento divino em mim, afloram
Resplandecendo a intimidade revigorante, d´alma
Orações silenciosas, vibratórias, tão presentes...



Benzo o peito novamente, adiante, o sagrado feito
Bem ali, em redor, entranhas, pés, chãos de meu ser
Assustador respeito diante do feito, sagrada ordenação
bem ali, olhos, sentidos, espírito, tangível e compraz à minha alma
Plenitudes, amplitudes, serenas harmonias, calmas...



Cegos todos, adquirimos potente luneta, espiar o infinito
Buscar por agudo cone o intangível olhar, interpretar um passado, brilho
Descobrir as profundidades do mar, no orvalhar longínquo
Traçamos planos planetários, ansiedades milenares
Transcendemos em custos, suores dos famintos…



Está tudo ali, aqui, acolá, por entre, unidos, regidos
Supridos, fortalecidos, vivificados, materializados, evoluídos...
Presentes enlaçados, bênçãos lançadas aos sentidos
Sementes do despertar divino, ali, tão perto, aqui, agora…

...nossa percepção sem tempo, atemporal entendimento!