Não me importo se a vida imita a arte ou vice-versa.
O que me importa é manter na persistência da minha memória somente os momentos bons que vivi. Bem como fez Salvador Dalí.
Relevante para mim não são os traços que faço com o lápis nos dedos, e sim, o impressionismo que causo quando com o olhar me expresso... Monet impressionou com suas telas os olhares do mundo através do seu próprio olhar.
Uma obra de arte não é só eterna, mas também, etérea. Os doze profetas de Aleijadinho estão além da nossa compreensão.
Quisera eu usar as palavras com maestria e com versos tão belos encantar corações. Como fez Camões, Drummond, Cecília...
Na arte não há limites, entraves, ao contrário da vida, que boicota, suprime, esgota.
E de repente vem a força... Aquela intrínseca que acende, aflora. Como um grito surgido da alma, e a alma despeja vestida de arte, o que a vida por si só não faria metade...



 

São Paulo, 17 de fevereiro de 2016.

Carlos Eduardo Fajardo
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