RELUZENTES BRILHOS

RELUZENTES BRILHOS

 

Das   vertentes  periféricas,  ás   suavidades  profundas.

Das    ventanias   domadas   à    compulsão   vertiginosa.

Nem  nexo  nem  amplexo,   tradução  livre  em  versos.

De  reluzentes   brilhos  das  cinzas  vãs;    conflagradas.

 

Beijos   molhados   de   carícias   estabelecidas,  tantas.

Pueril   desvantagem  de  muitos   desertos  tão certos.

Com    olhos   que  não  tínhamos,   ao  acordar   agora.

Sobrando    cabisbaixo   coração   insurgente    em   ser.

 

Estreita  a alma  no  vértice  de  tudo,  só  espreita  leve.

Constata   não   depurar   a  aventura  por  voltar  atrás.

Desmoronando   febril  em  resistir a cada  inicio;  outro.

Desampara   gestual   que   transige   com  despedidas.

 

De  rapto  em rapto  é a  vida que  anda, a nave  que vá.

Entre a memória e o  vestígio, existem  secretas razões.

A  última  dança dita  então os  termos do fim da  festa.

Mal  recordaremos  reticentes  o  que  restou  do amor:

                [ o nada  que  ficou e  esse  tudo  que  dói  . . .     

 

 

 

 

 

 

 


 

versejando ( ao estilo de Pessoa )
© Todos os direitos reservados