Caro Thiago, que poema este! Que versos incríveis! “Sou o sonho que ao adentrar um pesadelo, ficou paralisado...” “Conheço todas as coisas com a visão ansiosa do fim...”
A morte é o maior mistério e também a coisa mais natural e lógica, se pensarmos em como funciona o planeta. Mas somos humanos, os únicos capazes de sentir, racionalizando esses sentimentos... então julgamos todas as coisas, pesamos, damos valor, tudo de acordo com essa fusão entre cérebro e coração. Essa sua visão, essa que te faz conhecer todas as coisas “de olho” no fim, talvez seja uma visão ‘além do alcance’, que te ajude a tomar as mais sábias decisões, afinal, quantas tolices somos capazes de fazer intoxicados pelo sabor do momento? Acredito, no entanto, que todos os extremos acabam se tocando. Talvez quanto mais enfronhados na vida estejamos, mais possamos entender a natureza da morte... Assim como essa misteriosa e polêmica deusa, Nênia. Alguns dizem que deu origem às palavras nenê, ninar, referindo-se não apenas a cantos fúnebres, mas também a canções de ninar. Aplausos pelo magnífico poema!