Esta carga elétrica que corre em meu peito,

Punge, como uma maldição atroz.

Rápido o coração, tão veloz,

Tenho a ânsia de me estirar no leito...

 

Algo em mim adoece e morre

E eu tenho um medo mensageiro.

Talvez por ter chegado o instante derradeiro

O meu tempo, imperceptível, corre...

 

Sim, eu morro e estou cansado,

(Temo não ver o amanhã...).

Minhas ideias presas à eternidade.

 

Ser pelo tempo assassinado.

Sofrer e em uma agonia vã

Ser tragado pelo turbilhão da ansiedade...