A ZANGA DO SEU LUNGA

A ZANGA DO SEU LUNGA

A ZANGA DO SEU LUNGA
 
Tem dia que amanheço
Zangado sem ter razão,
Na venda nem apareço,
Para evitar confusão,

Não vendo sequer uma vela,
Nem mesmo por um milhão,
Se insistirem engulo ela
Igual salsicha perdigão!
 
Minha gravata é a coral
Verdadeira e não a falsa,
Para impor minha moral,
Pois não sou de fazer graça,
Cascavel é meu cinturão,
E em cada bolso da calça
Eu boto um escorpião
Pra me livrar de desgraça!


Sorrindo bem disfarçado
Exibindo um chapelão
Quero vê qual engraçado
No meu bolso mete a mão
Querendo me surrupiar,
Mas só vai achar o ferrão
Do bicho que eu botei lá
Pra ferroar você ladrão!
 
 
Barreiras-BA – 27-11-2014

 
Antônio Galdino