Flores do Desalento

Flores do Desalento


Deixem que as flores sequem no jardim
O emaranhado sem fim de faltas e elucubrações perversas...
Criaram as diversas formas de realizações nefastas
Para sobrepujar em glória o infortúnio imputado
Nas mais duras das lições testadas
 
Deixem que as flores caiam no jardim
Os mantras que em mim deveriam ter nascidos com menções espirituosas
Criaram sinuosas formas nas trilhas desérticas e apagadas
Da história que não deveria ter vivido
Nas mais duras provações listadas
 
Deixem que as flores sofram no jardim
O sangue que assim se mostra seco e desapegado
Criou o fardo desafeto em oposição à minha alma encantada
Da notória página que eu deveria ter escrito
Na mais triste redação contada
 
Deixem que as flores desmaiem no jardim
Nada mais em mim poderia ser como intimamente desejava
Criou-se na cava de meus desalentos um punhado de emoções ingratas
Da inglória missão que não deveria ter cumprido
Na mais lúgubre criação pintada
 
Deixem que as flores desbotem no jardim
O futuro é o fim do esforço que conduzirá à realidade
Criarão na madura idade os reconhecimentos da estrada
Da alienação que eu não deveria ter permitido
Na mais viva emoção criada
 
Deixem que as flores pereçam no jardim
Se o sentimento enfim um dia brotará pungente
Criará diferentes percepções gravadas
Do tempo perdido que nós deveríamos ter usado
Na mais linda relação selada

 

Imagem em http://olhares.uol.com.br...

A Alienação Parental é um dos maiores crimes da humanidade...
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Poesia elaborada em Aracaju/SE - Brasil