Uma bandeira de esperança irradia
       Proclamando " Liberdade inda que tardia ..."
       Do cadafalso da dor ao pedestal do amor
       Louvemos o teu martir-herói esquartejado
       E espalhado como adubo no teu solo santo
       Onde pedra e terra se derramam em pranto
       E vê nascer de ti um fogo ardente ( Tiradentes)
       Tiradentes, o filho da esperança de romper grilhões
       No teu peito explode a alma da lágrima e da dor
       Para fertilizar o teu berço manancial telúrico
       "Banha em sangue as campinas do levante..."
       Diz o condoreiro poeta tão distante
       Epopéia dos poetas seresteiros cantadores
       Que cantam em versos tuas mágoas tuas dores
       Época- épica descrita em linhas escorreitas
       Consagradas na pena - viva do escritor
       Retratadas na paleta - tinta do pintor
       Ao som da modinha do cordel - menestrel
                           Repentistas pregoeiros
                           - Pirilampo obreiro -
                           De um passado distante
                           Do meu Brasil brasileiro