Deixei que a lua prateada
Banhasse meu corpo cansado
Serena e suave ela sorria pra mim
Sorria da noite estrelada
Do rastro de sol que pairava no ar
Sentia-me enfeitiçada, anestesiada
Com aquele sorriso maroto
Permiti-me abandonar serenamente
A mercê daquele feitiço
Voei para bem longe, em terras distantes
Por planícies infinitas, nos ares e mares
Nas águas azuis do oceano
Nas asas férteis da imaginação
Voltei á cidade perdida de prédios de cristais
Das águas cristalinas, das minas perdidas
Das terras distantes de meus ancestrais.
Arlete Lopes
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