Quando falo de amor

Amo porque tenho esse direito, amo porque tenho propriedade para falar de amor. Por saber o quão grande ele é.
Amo no esplendor de um amanhecer no campo, na pureza leve do ar filtrado pela floresta.
Amo no encontro do rio com o mar e na vastidão de suas ondas suntuosas.
Amo na essência desse sentimento, clareando a escuridão de um coração, deleitando-me no êxtase, na emoção.
Amo nessa incoerência que vive o mundo. Nesse instante que invade a alma, na plenitude da paz que destrói a raiva.
Amo nas profundezas desse oceano chamado amor. De onde só se vê o brilho dos olhos, a silhueta de seu lindo corpo.
Amo por ter encantamento pela música, pela voz que vem de ti suave. Fazendo-me navegar teus lábios, ancorar no cais dos teus beijos. Aconchegar-me em teus belos seios.
Amo nos contornos dos anéis de Saturno. E que rarefeitos se tornam suas carícias. Revelando para mim o seu universo de malícias.
Amo nas ruas que me levam a você, nas pipas que colorem o céu, nos mapas dos tesouros perdidos, nas junções dos corações partidos.
Amo nessa noite de chuva fina. Pois nem mesmo nesse frio minha alma esfria.

Amo loucamente aquela que só me inspira, que faz ser quem sou, o mais verdadeiro e feliz da vida.

Carlos Eduardo Fajardo
© Todos os direitos reservados