Uma arte sem fim, um relicário de belas cores
Superando todas as vozes do grito que é dor
Se faz sentida em essência aos corações doces
Aptos pela percepção de sentir o seu fulgor
 
Teus traços e contornos delineiam campos e flores
Versificando pensamentos ao sol que vem te pôr
Aos olhos de quem a ilusão coloca-te em andares
Infinitos do viver por não sentirem o seu ardor
 
Pois viver-te é a tua própria arte, é a despedida
De um mundo sem rima, do labirinto que a divisa
Limita o pensar do porque da liberdade proibida
 
Máscaras então vencidas, mostra-te bem viva
Em tardes sem fins, ausentes do espesso da brisa
Da fantasia que antes te vestia, em real desta vida

 

 

Murilo Celani Servo
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