Hoje eu vou te ver
Hoje eu vou te ter
Deixar a mesa posta para o nosso jantar
Acender as velas e os incensos
Preparar-lhe um drink doce e relaxante
Enquanto admiro seu sorriso
Sem acreditar na sua presença
Minhas intenções são as piores possíveis
Quero beijar delicadamente cada parte do seu corpo
Á começar por sua boca
Passar a língua delicadamente ao redor dos seus lábios
Penetrá-la suavemente como um beija-flor
E molhar minha boca com sua saliva
Passear pelo seu pescoço deixando as marcas do nosso desejo
Seguindo na direção de sua orelha
Falarei bem baixinho tudo o que farei com você
Dar-te-ei ordens do que tu deverás fazer
Como se eu fosse seu senhor e ao mesmo tempo seu escravo
Neste eterno e breve espaço de tempo
Vou torturá-lo ainda mais com meus beijos
Tirarei sua camisa tocando suavemente seus mamilos
A espera de minha boca, salivante de volúpia
Mordiscá-los-ei até ouvi-lo sussurrar de prazer
Como a queda d’água de uma cachoeira num despenhadeiro
Vou descer com meus açoites até seu abdômen
E sentirei se contorcer e sua voz embargada se perder
Chamando o meu nome
Não te darei tréguas, não serei piedoso contigo
Virar-te-ei e percorrerei cada canto, recanto e encanto seu
Seguirei meus instintos mais primitivos até não aguentares mais
E confessar o que sua timidez esconde
Revelando-me sua vontade mais impetuosa
Atenderei seu pedido como se fosse só tu que desejas
E te farei explodir como um vulcão
Que derrama sua lava pela montanha abaixo
Sem pedir permissão ao solo que á abriga
Vem meu amor o jantar está na mesa.
 
Heider Moutin//