SONETO DO EGO

Faça calar sua vaidade, pois

Finda-se agora, substancial

O podre nesse teu lado imoral

Que poderá te revelar, logo depois.

 

Posto que a sós, dividi-se. Vira dois,

Em forma singular te faz ser plural

Limita-se a frequentar além do final

E passa a ser original como nunca foi.

 

É esquisito e até anti-ético

Mas és tu teu próprio assassino. Oh matador

Tua fome é insaciável e visceral.

 

Há ainda esse ser dialético

Por baixo desse psicólogo amador

Que Anseia por liberdade libidinal?

O poema é um diálogo entre o id, o ego e o superego. Resumindo, uma conversa entre a libido, o auto-controle e a moral.

Guarulhos-SP