Caminho em uma viagem longínqua procurando riqueza, poder e amores incontentáveis. Direcionado pelos pontos celestes, obstruindo quaisquer barreiras e vencendo todas as cabeças da Hydra, chego a um epílogo.

             Qual será o maior tesouro já conquistado?  Sussurros trazidos pela brisa do mar, indagam lendas que se mesclam em um ponto comum... Tesouro do Céu...

             Com algumas regras onde: “... somente poderá ser ganhando, trevas caíram sobre aqueles que o desrespeitar, é guardado por sete anjos conhecidos como as bestas do apocalipse...”

             Neste ponto, reflito o tamanho da minha ambição. Atraído pelo incerto, conduzido pelo pecado, reivindico para os deuses o que quero por direito. Sem ao menos conhecer o perigo me jogo no precipício sombrio e gélido. Numa fração de segundo posso sentir os últimos batimentos do coração, uma vida de conquistas, arrogância e prepotência sendo passadas no inconsciente, sinto meu corpo flutuando e uma luz crescente a me rodear.

            O portão se abre, e uma voz doce e suave que acena para que eu entre. És uma bela jovem, andando sobre um jardim de nuvens e flores, o ar leve com aroma de orvalho que tranqüiliza o andar. Chegamos perto de uma nascente, é retirada da água uma caixa velha que é me entregue, surge vozes agonizantes, vejo demônios ao meu redor, um vento frio estremece meu corpo, não consigo permanecer com meus olhos abertos, fecho por um instante e reabro-os e quase tudo desaparece como um sono.

          Ao abrir a caixa vejo dizeres... “Estava dentro de você o tempo inteiro, sendo seu norte. Pude presenciar todo mau que causou, terá sete luas para seu julgamento, novamente estarei com você agora ao teu lado para não fracasse, assim retiraremos estas manchas de seu corpo.

           Percebo agora, que tenho um curto período para consertar tudo e a certeza que não falharei.