Por mais que eu tente e lute pra não te ver
Por mais que eu tente te deixar seguir sem mim
Por mais que eu tente esquecer, fugir, me esconder
Por mais que eu tente me desligar, pôr nesse amor um fim
Tua lembrança me espreita em todos os momentos
Me assombra como um fantasma doce, meigo e querido.
Teus olhos, teu cheiro, teu sorriso, teus arfantes alentos
O contato da tua pele, das tuas mãos, teu ar desinibido
A forma de tuas pernas e braços acordam e dormem comigo
Me acompanhando dia e noite como interminável castigo.
 
Não há canção que não me faça te reviver
Não há lugar que não me traga a tua presença
Não há entardecer ou anoitecer ou amanhecer
Não há sentimento de amor que não te pertença
Não há restaurantes ou ruas e avenidas ou parques ou cinemas
Não há teatros ou jantares, ou dores e felicidades extremas
Não há desejo, não há sonho ou saudade permeada de esperança
Não há doçura, delicadeza, carinho ou inocência de criança
Não há piscina morna ou luz de velas, não há alegria perene ou fugaz
Que não me mostrem a falta, a tremenda falta que você me faz.
 
Por mais que eu tente esquecer, por mais que eu lute a cada segundo
Tuas raízes em mim resistem, cheias de vida como grão fecundo
Mais fortes e profundas que as da maior sequóia do mundo.
 
 

HC
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