Aquela dor que eu sentia,
Que me tomou por inteira,
Ofuscou o meu olhar
E seu brilho apagou,
Destruíu minha alegria,
Transformou meu riso em dor.
Fez murchar minha esperança,
Emudeceu o meu canto,
Encobriu a luz do sol,
Escondeu a luz da lua
Deixando minha alma nua.
Entrou sem pedir licença
Tão cheia de autoridade...
Como quem tudo pode
Sem dó e sem piedade
Tornou minha alma vazia,
Incorporou em meu ser
Tristeza e melancolia.
Aquela dor que eu sentia
(Tempestade arasadora),
Transfundiu o meu caminho
Em total escuridão
Fazendo sua morada
Em meu frágil coração.
Ah...Aquela dor que eu sentia
Que meu credo destruíu
Se foi na nuvem do tempo,
Levou todos os seus pertences
Deixando a casa vazia,
Mas hoje, a casa vazia
É paz e muita alegria,
Tem um novo inquilino
Que se chama POESIA.
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