Um mistério repentino
Sem isenção
Procurando por algo que não via solução
E vestido de dor esperou o destino induzir
Você era Invisível a primeira vez que te vi
Em plena negação, ansiava olhar para ti
Inexplicavelmente consegui me abrir
Você procurava exatamente o que me fazia resistir
Eu queria ir, mas tinha medo do que podia sentir
Era o desconhecido que não queria me deixar ir.
Uma fortaleza gigante cheio de canto distante
Símbolo do amor perdido e constante
Poderia ser um Deus da mitologia ou um rock alucinante
Hércules, Sansão, Paul ou os Mutantes
Queria descobrir, mas não podia invadir
Queria te ouvir, mas estava muito longe de mim
Então você me disse que eu poderia te sentir
Mostrou para mim em que direção seguir
E eu pressenti que nunca mais iria querer sair
Transportou para mim o seu lado irracional
Que era selvagem, mas sentimental
Essa foi a primeira vez que tremi por ti.
Mas era simplesmente por que te queria aqui
Senti o universo todo a me rondar e o obscuro me rodear
Era como se um selvagem estivesse a me espreitar
E ainda tremendo veio me acalentar
De selvagem insaciável passou a moleque danado
Que carrega consigo as peripécias do passado
E assim percebi todo o encanto que havia ali
Mesmo assim tentei resistir
Pois meu coração estava a ponto de explodir
Então desisti daquilo que não tinha como fugir
Era necessário admitir que tudo que passava aí
Era simplesmente tudo que queria sentir
Então era hora de permitir
Pois nessa rota pacífica estávamos a faiscar
Levou-me então onde habitava o puro
E esperou até que pude sentir uma linda parte do seu encanto
Mas mesmo assim não podia sorrir
Mesmo se desejasse ser apenas feliz
Toda hora me lembrava que meu lugar não era por aí
Queria poder referir tudo que senti
Mas nem mesmo um pintor iria colorir a energia que pairava ali
Porque apesar de não te ver, você estava bem ali
Meu corpo queimou a ponto de sentir dor
Você simplesmente ocupou todos os campos sem pudor
E depois de tudo isso ainda cantou
Embriagada em torpor o racional me acordou
Pra dizer com barulho quem sou nesse amor
E fingi que não vi, mas logo respondi que eu também tinha o direito de sentir
E corri pra junto de ti só para proferir
Que eu sei que não sou sua exceção, mas posso ser sua direção
Sei que não sou o motor, mas desejo conduzi-lo rumo à criação
Sei que não sou telespectador, mas quero usar toda minha audição, para escutar além da canção
Sei que não sou calor, mas quero girar em rotação seguindo nossa intuição
Sei que não entendo nada de amor, mas queria lhe propor que levasse conosco sua vocação que vai de lorde barão a uma delicada sedução.
Até chegarmos juntos onde somente a conexão leva a paixão
E nessa ligação chegaremos também em adição até a evolução.

TCris
© Todos os direitos reservados