Provar o beijo, forte desejo
Covarde fui, meu medo silencia
Meu coração, que chora o despejo
Da flor do jardim, que em mim luzia
Pois ainda no tempo, almejo
Teu olhar, teus lábios que assistia
Mas quando à vejo sou fraquejo
Mergulhado dentro desta covardia
Morrendo junto, com este verso inseguro
Tento, disfarço, me corrói a emoção
Sonhos que me fazem, pedir teu perdão
Versos sem vergonha, com face de impuro
Escondidos no interior, da nossa canção
Disfarçados em dó maior, sem nexos e razão
Murilo Celani Servo
© Todos os direitos reservados
© Todos os direitos reservados