Minha pele queima com teu toque,
e com teu roçar caliente,
teu respirar...
Minha boca seca,
pela falta dos teus lábios,
tua língua na minha,
teu suspirar em meu ouvir.
Meu pensar pousa em teu colo,
busca tua seiva cristalina,
que acaricia meu sentir…
E tu,
debruando o lençol,
escorregadia e rebelde,
me foges do abraço prisioneiro...
Tal luxúria que se esvai,
e de meu "trono" se escapa,
o alimento que sacia,
tua sede de prazer.
Carrega agora a maldade,
que semeaste quando fugiste,
e me deixaste penado,
de tormentos que vivo.
Eu sou este,
que de longe te apanha,
e no "só" de meu leito,
se distende,
de saciado se encontra,
depois de arregaçado,
e de esticado,
para mais te poder dar...
 
Meu "sentir" é hoje e sempre...
 
Af.

Afonso Rocha
© Todos os direitos reservados