Como se tudo bastasse...

Ser amante da natureza,
como se amor bastasse...
E contemplar sua beleza,
suas flores, sua face...

Já não poderia ser digna,
de um romance perfeito;
que mesmo por um instante,
pudesse amar seu jeito...

Era como o luar,
que brilhava sem padecer...
Que aparece entre as nuvens,
e se esconde ao amanhecer...

Pudera eu ser tua,
ter seus laços de fantasia,
poder olhar em seus olhos,
contigo falar de alegria...

Compartilhar seus momentos,
eram venturas que não devia.
Por ver-te tão longe assim,
por um instante eu desistia.

Suando frio como orvalho,
em tardes quentes de primavera...
Eram fôlegos sacrificados,
de estar contigo e não pudera.
 

Elis Pereira
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