PLÁGIO
 
O plagiador é um ladrão furtivo, pobre
Que ostenta deslumbrado o seu botim.
Como não cria, não pensa , tenta assim:
Se dar bem, e do saber de outro se cobre...
 
Como se cobrindo um burro de veludo,
Ele se tornasse um cavalheiro ilustrado.
Não percebe que nada nele será mudado,
Com o saber alheio! Ornejar, nitrir é tudo...
 
Que produzirá! Mas segue trotando feliz...
Com a obra alheia , néscio se realizando.
Nada no seu bestunto irracional lhe diz:
 
Que plagiar é furto, é de caráter ausência!
Mas segue contente pelas letras pastando...
Das pessoas sérias torrando a paciência!
Pedro Paulo da Gama Bentes
03/01/2011
 

Tive um soneto copiado quase integralmente como remate de um longo poema que verberava a desonestidade das pessoas e apostrofava o desrespeito aos direitos dos outros. É a famosa contradição entre a tesis e a práxis.

Na terra dos Mirmidões.

Pedro Paulo da Gama Bentes
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