Mortiço Pierrô

 

Desabafo cadente

Em poemas dolentes

Logo que o céu, desbota sua cor

Trágicas memória...

Atormentam frenemente

Em horas eternas de pavor

Contorce-se a alma

Feito serpente agonizando

cicatrízes, que ainda cometem dor

O olhar parece que ja nem sente...

uma vez que todo o pranto,  já secou

Dos olhos resvalam, um sangue clemente

Maculando com maquiagem medonha

O semblante que tinha palor

Mas incólume, num mortiço sossego...

Por dentro me  vejo....

Declarando-me para a morte, de joelhos

Lhe estedendo uma flor.

 

Ardronn Leonardo
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