E ecoava nas ruas, vazias e suas,
tão suas que somente som seu
habitava aquele lugar de vasto breu.
Era indefinido, algo sutil,
irresistibilidade vil.
Frio asfalto e vontade voraz,
gritos surdos que o vento refaz
sussurrando o Desejo Carnal,
surfando o asfalto atrás da presa ideal.
Tolo fora aquele que dela provou.
Tolo também quem a negou, e jamais se extasiou.
Não há sabedoria para quem a ela é incólume.
Não é humano quem não se entrega,
somente é humano quem a assume.
Volúpia que em mim tem habitado,
Turbilhão que desperta com tanta fúria.
- Muito prazer,  me chamo Luxúria.

Luan Mordegane Pupo
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