Das montanhas que galguei
A queda foi devaneio
dos sonhos que naveguei
e das fugas.
Marquei a ferro a saudade
Risquei caminhos na selva,
passei por tréguas na fome
e na dor.
Sorri à angústia cruel
lutei com todos os deuses
achei ainda doce o fel
do meu mundo.
E na calada da noite
com semblante desnudado
Eu me encontrei e me somei
ao teu corpo.
Elisabeth Camargo Martello
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