Eu miro naquilo que me faz te querer
E nas sombras dessas horas vou levando a vida
Ensaio os acordes de todas as canções. E isso é minha guarida
Nesse espelho escondo a ansiedade que cerca o meu viver.

Refletindo meus anseios pueris
Sonhos de querubins e acalantos
Indivisível pensamento, e como por encanto;
Minha vida segue parecendo àqueles filmes juvenis.

Amor expelido do suor
Coração a tremer numa avassaladora paixão
Neste desvario, nessa solidão
Busco minha calmaria, meu silencio que sei de cor.

E rompendo os laços dessas dores
Sigo mirando essas possibilidades
Esquecendo as meias, inteiras verdades;
O sonho, a volúpia de todos os amores.
 

Paulo Fernandes
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