Tu que cobras palmos
Das minhas porções de céu
Trazes o aperto de mão de Deus
Decantas-me da cabeça aos pés.
Tu que gritas dentro de mim
E não me deixas dormir...
Que andas comigo de mãos dadas
Nas planícies imaginárias,
Ouves as minhas queixas
E fico sem ter aonde ir.
Por mais que tuas ausências apunhalem o meu peito
Com a selvageria da saudade
Nuvens enfeitam o divino véu
Sem o volume do instante,
Meu coração cresce...
Ânimo temperado,
Cala no meu tudo e no meu sempre...
O ausente chega no grito represado...
Vida quer dar de beber.
Centelha de riquezas,
Tesouros valiosos,
Meu grito,
Minha espada,
Meu eco de liberdade...
A alma, uma loucura...
Não brinques com a alma
Nunca se sabe o que está lá.
Elias neri
© Todos os direitos reservados
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