Sou amazonida sim
Trago ainda nos lábios
As manchas do açaí.
Emanei do leito
Barrento do Amazonas
Em seu líquido seminal
Flutuei nas ondas.
Matei minha fome
Com a ventrecha do pirarucu
Saciei minha sede
Com o vinho do cupuaçu
Castanha, bacuri, pupunha, biribá, ingá
Ah meu Deus....Tudo de bom!
Tomei andiroba e copaíba
Nas minhas enfermidades
Hoje, de peito aberto enfrento a vida
Sou um amazonida de verdade.
Quando no fim da estrada
O meu respirar cessar
joguem me em pó
na ribanceira do amazonas
Para ao seu leito eu voltar
Eng.Rubemar
© Todos os direitos reservados
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