oh vida,vida proibida

que me destes tantos e enormes encantos..

nesta vida desinibida,todos nós somos humanos

mas alguns ainda se julgam de santos..

 

vida materializada,de prazeres e de dor  por dentro preenchida..

é esta mesma vida que arde a mim por fora

como se trata sse de uma enorme ferida..

 

mas tal como uma ferida que não estanca

perco tudo nesta abundante hemorragia..

perco sangue e dou te a alma

e tu vés me a morrer nessa tua calma fria..

 

observas me do teu alto

tal e qual uma ave de rapina olha para sua presa..

com teus olhos de caçadora me rasgas a pele

e tuas garras afiadas me esventram em tua mesa..

 

alimentas te da minha pobre vida

sacias te com o meu infímo prazer..

não me matas instantaneamente,

para me deixares aos poucos em tua boca lentamente morrer..

 

e eu morro em ti com os teus beijos

téem um sabor estranho,mas é de doce veneno..

embora minha vida finde por aqui

nada faço,nada digo ,nem sequer um pouco tremo..

 

porque se é a morte que na minha direcção caminha

então apresso me eu a ir ter com ela com vontade de a negar..

não morrerei sem dar luta,minha vida já não é mais sua propriedade

que usa depois de seu dono dela despropiar..

 

e venço finalmente eu 

aquela batalha que nunca quis para mim ganhar..

meus punhos téem teu sangue

e tu tás morta em minha vida

mesmo em frente de meu triste olhar..

 

agora abraço te e lentamente me deito ao teu lado 

tentando uma ultima vez sentir teu coração..

tás fria e já não bate

mas não te acho morta,não..

 

 

porque teu coração afinal

nunca por amor bateu,apenas amavas com a ilusão de tua mente..

tua morte te trouxe a vida,

agora sim,meu amor te digo,agora és livre finalmente..

 

 

krippy
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