“XADREZ INVISÍVEL”

 
No xadrez invisível da minha loucura
Trancafiei os meus desejos
E o tempo guardião solene
Derreteu toda a esperança
Que ainda existia...
Assim hoje vago pelas ruas
Procurando o endereço dúbio
De uma Paixão
Que se escorregou por entre
Meus dedos
Ah! Passado ingrato!
Negro fardo a sugar
A minha alma.
Ah! Quem me dera pudesse
Sair no vôo leve da borboleta
Fugir por entre as grades
E entrar na via crucis
Da saudade
Podendo assim sentir
O doce néctar do seu beijo
Ah! Xadrez invisível
Que me impede do possível!

 
Benedito C. G. Lima

benedito c.g.lima
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