da janela descortina
ruas e gentes
vidas em pressas

da retina que registra
capta a mente vaga
em torvelinhos absorta

cada qual em sua lida
vidas fugidias
cada cabeça um universo

em seus mundos
anseios e desejos
alegrias e tormentos

passam e se perdem
nas esquinas
da vista que os acompanha

novas personagens
despontam na passagem
olhos atrevidos as seguem

até perderem-se
nas curvas
onde já não se alcança...