Triste ausência...

 

Esvoaça mariposa triste,
Lábaro de estelar ausência,
Fincado em tosca existência
Onde o fogo já não resiste
A luzir nas candeias da espera.
 
Esmaga-te tal dolorosa falta
De lembrança nublada e deforme...
Desperta triste e triste dorme
Pois de acolá dessa fria ribalta
Nem aceno, nem migalha sincera
 
Engenhoso brilhou-te o destino
E na estrela que se apaga agora
A tristeza que te embala a hora
Será a nota a compor-te o hino
Ao ritmo marcado de louca batera.
 
Esvoaça desafiando a sorte
No bordado de cintilante azul
Encarecendo aos ventos do sul
Prometidas barregãs sem norte
E os abraços de outra quimera.

Manito O Nato
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