Esvoaça mariposa triste,
Lábaro de estelar ausência,
Fincado em tosca existência
Onde o fogo já não resiste
A luzir nas candeias da espera.
Esmaga-te tal dolorosa falta
De lembrança nublada e deforme...
Desperta triste e triste dorme
Pois de acolá dessa fria ribalta
Nem aceno, nem migalha sincera
Engenhoso brilhou-te o destino
E na estrela que se apaga agora
A tristeza que te embala a hora
Será a nota a compor-te o hino
Ao ritmo marcado de louca batera.
Esvoaça desafiando a sorte
No bordado de cintilante azul
Encarecendo aos ventos do sul
Prometidas barregãs sem norte
E os abraços de outra quimera.
Manito O Nato
© Todos os direitos reservados
© Todos os direitos reservados