A casa de minha vida

A casa ficou vazia depois que a festa acabou,restou sujeiras e melancolias

Da porta de entrada até a porta dos fundos copos quebrados e cinzas de vidas

Pontas de cigarros nos quartos que queimaram prazeres e reçecaram o mundo

Da janela quebrada se ve os dois lados de uma festa vazia

O pobre momento de embriagues  que parece valer a pena viver

E a revolta por entender que o mundo vai mais alem do que um eterno crepusculo

Mas tudo  não passa de um enredo de uma peça de teatro, ha esse mundo tão abstrato

Essa casa nunca mais foi  a mesma  depois que a festa acabou

Ficou sozinha e as pulgas e o pó tomaram conta de seus inumeros comodos

Do jardim de muitas flores restaram a lembrança de alguns amores

E do pequeno porão somente garrafas vazias com rotulos desgastados

O tempo não teve como deixar intacto nem mesmo o telhado frânces 

Ao passar pela varanda velhas teias de aranha encobriam  a paisagem

DA casa grande não restou nada só pequenas lembranças de um dia perdido na estrada

A casa de minha vida que me levou quase todos os meus dias ficou sozinha destruida

Paredes  de madeiras velhas quebradas esquecidas pelo tempo

Mas deixou  a fragrancia de um lugar que nunca mais veria

O saudosismo de dias que nunca mais teria.

revoada
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