Orelhas sendo chamuscadas
Por centopéias sem “stop”.
Ovelhas negras capturadas pelas
Suas notas musicais sem Dó, sem Mi...
 
Triunfante calor sem coração.
Tenha pena de mim!
 
Doem meus ouvidos
Doem minha língua tagarela
Doem meu coração de ancião
Doem até minha família rasgada da foto
Oh! Lábios armados
 
Ontem avistei meu irmão caçando rugas em pulgas
Estão ouvindo bem?!
Caçando pulgas nas rugas...
(Blá! Blá ! Blá!)
 
A reunião da fofoca
Acaba numa toca de tatu
Onde haverá explosão sobre tu,
Quem paga o “pato”?
Não sou eu e nem você
E sim,
Meu ouvido agourento
E meu lábio fedorento.
 
A fofoca bate em sua porta,
Cuidado deixa traumas na alma.
A calma de seu discurso
Faz cócegas eternas em minha mente
Que jamais será crente novamente.
O espírito agourento sai,
No presente agora,
De meus lábios armados.
 
Uma vez um sábio disse-me:
“Corta o rabo dela que jamais crescerá”.
 

saulo inácio da silva
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