TRAUMAS DE DESPEDIDA

Sorturna angústia que me reserva o fado,
Átimos que suporto em grande comoção,
São partidas que o meu coração cansado;
Faz da esperança a sua merencória ilusão.

Despedida, sentimento que faz o chanto,
São dores do ego que chegam sem parar,
Visão de uma felicidade que traz acalanto;
Para um afã convulso em amores aportar. 

Filho do adeus, prosônimo que conquistei,
Por sentir tantas idas nesta vida a lagrimar,
Prévias saudades foi o orbe que encontrei; 

Que eu sinta n’alma o anelo de me realizar,
Em constantes viagens, algias nunca terei,
Para quando você partir, não possa eu chorar. 

Rivadávia Leite