Tomo essa xícara de chá quente
enfrente a linda igreja inglesa
Está muito frio, minhas mãos
congelam. Seguro a xícara
para tentar aquece-las em vão
O vento sopra mais forte e gelado
Esse chá desce rasgando minha garganta.
Os pombos são meus únicos amigos.
Dou a eles migalhas da minha história,
eles não estão interessados em saber o
que meus tremulos lábios falam, mas
os corvos sobrevoam o céu querendo
estraçalhar todo o meu tempo vivido.
Meus lábios perderam a cor, minha pele
o viço, a xícara de chá caí quebrando-se
em mil pedaços como a minha vida.
Leise Plath
© Todos os direitos reservados
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