Era primavera
nas quimeras de um novembro.0
Sol a pino desvanece riso pueril
na morna entrega.
Verão que o sonho nem começa.
Anoitece!
E aquele que aquece se faz gentil,
cede ....
A lua aparece ...
Sorridente ! Cheia... agradece.
Retribui os alísios perfumando o mar.
Jacarandá Mimoso, Flor de Maracujá,
Bromélias , Jundu ,Aguapé Manacá .
Uma brisa morna desfalece corpo viril,
precoce madorna,
letárgica espera...
Hei! Não espera!
Devagar também é pressa.
Leonado....azul céu !
lentigrado Sol
Num breve cochilo
De negro se cobre
Lene nuvens.
Deita-se inspiração.
Em compasso de espera.
A terra é uma esfera.
E todo dia é dia de recomeçar.
Olha a primavera
na janela entreaberta,
é da vida uma oferta.
Verão,Outono!
Vida, alimento frutos
das flores da primavera.
De janela se faz
porta para o céu.
Ensurdecedor ninhal
sobrevoam vergel,
aladas ao silêncio
dão asas a imaginação.
Ninfas nimbos ....
Será que terei inverno !
O sol doura
a face do poeta
que sem disfarce deseja
a musa em seu universo,
e, dardeja versos
enfeitiçando a diva,
faz dela estrela cativa
no céu
e no mar de seu olhar,
voando faceira
nas asas de fantasia
prisioneira
das algemas de poesia.
Voe !
Pouse !
Surfe nas ondas da imaginação.
Sem rima o feitiço e o feiticeiro.
Dea, Diva de musa fantasiada.
Pingente de poesias
rompa grilhões
e em aquarelas pinte
o caminho das estrelas
no meu universo.
Com esse olhar faceiro
borde no meu coração,
os desejos disfarçados
de haicais prosas e versos.
Assim o olhar não poderá mentir
o que o coração estará a sentir,
Rio das Ostras 10 de Janeiro de 2009 03:30 hs
Rs t.....
Rosemeri Tunala
Obrigado poetisa da terra do Roberto. Estou muito feliz por esse duo. E agradeço-a por permitir juntar minhas pokas letras ao teu talento.Cachoeiro de Itapemirim e Rio das Ostras
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