RISCO

HÁ RISCO NO VIVER E NA VIDA! HÁ RISCO EM SE ARROJAR À PRAIA E EM NAVEGAR AS ONDAS! HÁ RISCO NAS SOMBRAS! HÁ O RISCO DO SOL E DO MORNO DA LUA! HÁ RISCO NA MULHER NUA! HÁ-O NO RAREFEITO DO MONTE E O HÁ NA AMPLIDÃO DA PLANÍCIE! QUANTO RISCO HÁ NO OLHAR E NO DESEJO! ATÉ MESMO NO PÃO DE QUEIJO! E O DO SOBEJO? NÃO ESQUEÇAMOS DO ESCURO DA MATA E DO CHEIRO DA BARATA! QUANTO ENTÃO, NO LÁ-RI-LÁ-LÁ DA CANÇÃO DE NINAR? ORA, TAMBÉM HÁ RISCO NA NET, NA INTEL E NO WINDOWS! ATÉ MESMO NO ACE E NA APPLE! NESTA?! SÓ! POR FIM, HÁ O RISCO DO ENCONTRO E DO EXPECTAR; HÁ, SIM, O RISCO DO ESPERAR! E O DE VER E OUVIR! NEM SE FALE DO DE FALAR! PIOR, DO DIZER! AH! QUANTO RISCO, QUANTO SOFRER!
 
MAS, HÁ A ESPERANÇA DE CADA PETIZ E SEUS PASSOS INCERTOS! DO PRESENTE, DA FESTA E DA PROMESSA DA SERESTA! HÁ, SIM, A ESPERANÇA DE CADA NOTA, TOM E ACORDE E HÁ O FRÊMITO DA PELE! MEU DEUS, E OS SEIOS E AS FACES EM ESGAR DE PRAZER? QUEM HÁ DE NEGAR A CERTEZA DO GOZO E DO NOS-SER?! E OS CHEIROS DE QUE NOS ENTORPECEMOS NOS JARDINS QUE VEMOS? E NOS QUE NOS TOMAM SEM QUE OS TENHAMOS VISLUMBRADO EM TORNO A NÓS? HÁ FESTA NA POESIA DA VANIA, NO CANTO DA TERESA E NAS REFLEXÕES DA GLÓRIA! HÁ ANDRÉ E ALBA E HÁ ALAMO POSTO EM SOSSEGO EM SEU COLO! HÁ TANTO DE VIDA NA ODE QUANTO NA CORDA E NO CORDEL! ATÉ MESMO NO BORDEL! HÁ FLORES E FOLHAS E AS SERPENTES MULTICORES! VENENO?! DEUS MEU! SE ELE O FEZ O FOI LINDO E PRETENSO! QUIÇÁ, INSENSO OU SARSA! HÁ RITMO NA BATALHA, HÁ MÚSICA NA METRALHA! HÁ HISTÓRIA EM QUADRINHOS E O AMOR RAIVOSO DO DONALD! HÁ PERNALONGA E O ETERNO FOLGUEDO DO SEU SOLAR!
 
ASSIM A NAVE VA! SOUS LE CIEL E PER MARES! E NÓS?! LAMENTAMOS! CHORAMOS! IMPLORAMOS!
 
AH! CRISTO E BUDA! AH! ALÁ E VISHNU! DÊ-NOS A NÓS! AMÉM! E NÃO NOS DEIXEIS QUERER MAIS!