Profecia Gótica

A funérea lápide nova ao luar,

Feridas abertas sob o mármore,

É o teu corpo agora incurável,

Sepulcro escuro, cheiro de morte.

Foram lamentos e má sorte,

Flores murchas a impregnar o ar,

Em sua nova morada, oh, alma penada,

De sofrimentos agora vãos.

Um anjo de concreto pairando quieto,

Corvos, corujas, morcegos, que alienação...

Olhos que nunca mais a alvorada verão.

Que sombras são essas?

De esfinges eretas, tuas companheiras,

Depois da tua última respiração.

Corpo inerte, pensamento perdido,

Perdeu os sonhos e os irmãos.

Pestes virais, anjos maus, demônios,

Ainda em sua sepultura a vagar,

Mas nada mais interessa,

Encontrarão vivos para se apoderar.

As potestades que te afligiam,

Estão a sorrir, grunhir e a zombar.

Satisfeitas, missão cumprida e tu terás

A eternidade toda para putrefar.

Minha profecia pra vc que me lê é só amor rsrs. Beijos!

São Paulo, capital da correria.

Elisa Gasparini
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