Miragens
 
 
Quando fecho os olhos
 e embalado em sonhos mágicos,
 que me levam ao teu encontro...
  Sinto-me anjo dentre um vale de amor infinito!
 Acordo e teimo em acreditar neste amor
e agarro-me à Senhora Esperança,
que me faz adentrar as horas
 e tornar-me, mais uma vez, vencedor...
Se utilizo da Esperança,
para me fazer crer em nós...
Faço dela instrumento,
que me leva a acreditar  
que existe lá fora corações puros,
 que a humanidade, a tempo,
acordará para o amor...
Querer ver todos entrelaçando as mãos,
sem diferenças, ninguém mais disputando,
 ou repartindo amor: este deve ser ofertado!
Ninguém mais temendo as ruas:
 estas devem ser instrumento
de liberdade de todos;
 ninguém mais julgando-se melhor
 que o outrem, pois todos somos feitos
da mesma imagem e semelhança!
Esperar por um globo terrestre
 sem poluição, onde os rios
voltariam a ser límpidos...
 Os oceanos a ter a magia de encanto
e não serem temidos, como agora...
Ver um planeta, onde o respeito
voltaria a brilhar em todos os lares;
a droga derrotada;
a violência extinta;
 a moral, respeito, amizade,
fraternidade, caridade,
 honradez, fidelidade,
não fossem predicados de alguns,
mas que fossem qualidades
 naturais de cada um...
Enfim,
 miragens de um velho coração,
 que, mesmo cansado, busca sempre forças
para poder continuar a sonhar;
assim, faço destes objetivos de minha alma,
 chamados por miragem,
fonte inesgotável, dando-me o vigor necessário,
 para continuar minha trajetória...
Apenas, peço:
 deixe-me continuar a sonhar!
 
Paulo Nunes Junior
Brasil/SP
08/11/2007