Palidez
Agora, parto rumo ao Infinito,
em meu vôo solitário, nesta busca incessante,
à procura do desconhecido...
Percorro caminhos longos
_ que mais parecem infinitos_
caçando, desesperadamente, minha resposta.
Este coração que busca, agora,
o aconchego nas noites frias,
perambulando nas madrugadas sombrias...
Como se busca, enfim, o encontro fatal,
o último, como se esta fosse a resposta esperada pela alma.
Se, das recordações, vêm as lágrimas,
que adentram em meu ser,
distantes são os momentos de alegria,
em que o sorriso despontava...
Tão poucos que contados
não dariam na palma da mão...
Uma vida aprisionada a um amor sufocante,
que tudo cobrava e nada dava;
mas, por amor, permanecia.
Dia após dia, na esperança de que tudo,
finalmente, mudaria.
Mudou.
Hoje, sou pássaro solto e liberto...
Quero encontrar-me com minha musa,
com minha alma;
sei que ela está em algum lugar
e, nesta procura, continuo,
na esperança de, enfim, deixar
de ver a Palidez de minha própria vida
e trazer para meu ser
o colorido do amor renovador...
Paulo Nunes Junior
SP/Brasil
15/01/2008
www.paulonunesjunior.com.br
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença