Eu vejo o amanhecer.
Como o despertar de um novo tempo.
Onde tudo o que é feio torna-se belo.
E tudo o que é triste torna-se alegre.
Eu vejo o amanhecer.
Com folhas molhadas pela relva.
Realçando meus olhos com a certeza de que esse amanhecer é real.
E que não estou sonhando.
Eu vejo o amanhecer.
Como um sorriso espontâneo.
Que transparece nesse gesto a mais pura felicidade.
Eu vejo o amanhecer.
Como a inocência da criança.
Que sente segurança ao segurar nossas mãos.
Eu vejo o amanhecer.
Como a voz que canta o mundo.
E que encanta o coração.
Eu vejo o amanhecer.
Como o primeiro amor.
Que fica eterno em nossa lembrança.
Eu vejo o amanhecer.
Não apenas como um dia seguinte.
Mas sim, como um dia único.
Eu vejo o amanhecer.
Como poucos podem ver.

Para quem não vê beleza na vida...

São Paulo, 18 de abril de 2001.

Carlos Eduardo Fajardo
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